Quando o assunto é cirurgia nas mamas, muitas mulheres (mães ou não) se preocupam sobre a capacidade de amamentação após a realização da cirurgia.
Falar sobre mamoplastia e amamentação é delicado, uma vez que a eficácia da amamentação após o procedimento cirúrgico vai depender de diversos fatores, que variam de paciente para paciente.
A mamoplastia redutora é, por definição, uma cirurgia para redução das mamas quando estas se encontram em tamanho e peso acima das características anatômicas do tórax.
Seios muito grandes costumam sofrer queda, muitas vezes associada à flacidez causada pelo excesso de gordura e glândula mamária. Além disso, o peso e o volume podem provocar dores nas costas, além de marcas acentuadas nos ombros devido ao sutiã.
Há uma série de técnicas descritas para a redução da mama, mas, de uma maneira geral, é feita a retirada de tecido mamário, gorduroso e pele de uma determinada região da mama e, em seguida, o remodelamento no formato de “cone” - a forma natural da mama.
A extensão e o formato da cicatriz variam de acordo com cada caso. Elas variam de uma discreta cicatriz periareolar até uma maior, em formato de T invertido - que se inicia ao redor da aréola e se complementa com uma linha vertical e outra horizontal.
Conseguirei amamentar após a mamoplastia redutora?
A resposta a esta pergunta depende de alguns fatores como o tamanho da mama, tamanho da redução da mama e da técnica necessária para a mamoplastia.
Durante a redução mamária, parte da glândula mamária é removida visando a remodelagem, a redução do tamanho e volume da mama.
Parte dos ductos mamários também necessitam ser seccionados durante a cirurgia, o que pode prejudicar a amamentação.
Durante a cicatrização, parte dos ductos mamários remanescentes, podem recanalizar e a glândula mamaria remanescente pode manter a capacidade de lactação.
Em casos de pacientes que possuem mamas muito grandes (gigantomastia) e necessitam de grandes retiradas de tecido mamário durante a mamoplastia redutora, a probabilidade de conseguir amamentar no futuro é muito menor.
Qual o melhor momento para realizar a redução mamária?
O ideal é que a mamoplastia seja feita em pacientes cujas mamas tenham um tamanho definido, o que geralmente, acontece em torno dos 18 anos.
Mas é preciso avaliar cada situação criteriosamente, porque há casos de meninas com a mama já formada na adolescência (em torno dos 15-16 anos) que também podem ser submetidas a intervenção. Por exemplo, uma assimetria severa (como no caso de tamanhos entre as duas mamas muito diferentes e visíveis), ou seios muito grandes que podem causar problemas na coluna ou até mesmo comprometer a qualidade de vida da paciente.
Tempo entre a cirurgia e amamentação
Na maioria das vezes, as dificuldades para a amamentação surgidas depois de uma mamoplastia redutora ocorrem em decorrência de alguns ductos mamários terem sido cortados.
Nesse caso, com o passar do tempo, é possível que se formem novos e que quanto maior for o tempo transcorrido entre a mamoplastia e o momento da amamentação, maior a probabilidade de poder oferecer o seio ao bebe normalmente.
Assim, o sucesso ou não da amamentação depois da mamoplastia redutora, depende de diversos fatores, que incluem desde a técnica utilizada na cirurgia, o intervalo entre a intervenção e a amamentação e a forma como a mulher é orientada nesse processo.
Desta forma, não é possível estabelecer uma resposta única para todas as mulheres, pois cada organismo e cada situação de amamentação variam de pessoa para pessoa.
Recomendamos sempre ao programar uma mamoplastia redutora, passar em consulta com um cirurgião plástico de sua confiança para que ele lhe oriente e esclareça todas as suas dúvidas.
Autor: Dr. Marco Aurélio Guidugli - Médico com mais de 15 anos de Experiência formado pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Mestrado na Universidade de São Paulo -USP e mais de 11.000 cirurgias realizadas. Cirurgião Plástico Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Especialista em Cosmiatria, Cirurgias Plásticas Faciais e de Contorno Corporal.
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