O desejo pelo corpo anterior à gravidez ou por uma aparência que considere ainda melhor faz com que muitas mamães recorram às plásticas após a gestação. A perda de firmeza dos seios, o excesso de pele no abdome e o afastamento dos músculos nesta região são algumas das queixas mais recorrentes entre essas mulheres – fora os casos em que a intervenção cirúrgica se faz necessária, como o deslocamento de órgãos após gêmeos, por exemplo. Pensando nisso, o Dr. Marco Aurélio Guidugli (www.marcoaurelioguidugli.com.br) chama a atenção aos procedimentos recomendados para cada caso e destaca os cuidados antes de tomar a decisão de ir para a mesa de cirurgia.
Depois de carregar o bebê no ventre por nove meses, muitas mães querem exibir corpos enxutos, assim como as artistas que já postam selfies na semana seguinte ao parto. “Pode parecer que elas fizeram cirurgias logo em seguida, mas não é possível ou saudável recorrer a esses procedimentos tão rápido. Cada corpo é diferente e reage de forma distinta, por isso umas já voltam à forma em pouco tempo”, diz o médico. De maneira geral, é preciso dar um tempo de recuperação ao organismo.Guidugli chama a atenção para o fato de que as mulheres devem aguardar de seis meses a um ano após o parto para realizar intervenções, de modo que o corpo volte ao seu estado normal. “A questão central para a mãe que deseja realizar uma cirurgia nos seios, por exemplo, é a amamentação. É preciso esperar a reação do corpo quando o bebê não estiver mais se alimentando do leite materno, até por que a saúde da criança vem em primeiro lugar. Além disso, é necessário refletir se há a pretensão de ter mais filhos no futuro, porque o corpo sofrerá uma série de mudanças novamente e os procedimentos terão de ser refeitos”, lembra. Uma das reações mais comuns do corpo feminino à gravidez, sobretudo para quem dá à luz a gêmeos, é a diástase, em que os músculos retos abdominais – os do “tanquinho” – sofrem um afastamento para dar mais espaço ao desenvolvimento do filho. “Muitas mulheres ficam incomodadas com essa movimentação, e optam por realizar a plicatura. A cirurgia consiste em uma incisão na região abdominal, que pode ser feita pela própria cesariana, se for o caso, e a união dos músculos é feita por meio de alguns pontos”, explica Guidugli. A recuperação do procedimento gira em torno de 45 dias. Muitas mães optam por fazer a plicatura junto à abdominoplastia, aproveitando que as incisões são feitas na mesma região. “Dessa forma, é possível corrigir a questão muscular e eliminar o excesso de pele no abdome. Por outro lado, é preciso ter consciência de que há um tempo de recuperação em que a mulher não poderá fazer esforços. Por isso, é importante que possa contar com uma rede de apoio próxima para ajudá-la a cuidar do filho nesse período, seja o marido, os pais ou pessoas próximas”, ressalta o cirurgião. Ainda, além dos 45 dias em repouso, é preciso evitar a exposição solar por três a seis meses. As cirurgias relacionadas à mama são as de maior demanda. Após a amamentação, é possível que elas percam volume – fenômeno chamado de atrofia mamária pós-lactação –, criando uma flacidez na região, que incomoda muitas mulheres. “Nesse caso, recomendamos a mastopexia, procedimento para reerguer os seios e retirar o excesso de tecido. Por vezes, pode envolver o reposicionamento da aréola”, conta o médico. As mamães também podem optar pela prótese de silicone, que reestabelece ou aumenta o tamanho dos seios. A recuperação para os procedimentos é de 45 dias e 30 dias, respectivamente.
Comments